11/12/2023 / Tecnologia

[ARTIGO] A Era da Inteligência Artificial em Cibersegurança: Estratégia e o Indispensável Pilar Humano.

A Inteligência Artificial está redefinindo o campo da cibersegurança, oferecendo soluções mais eficientes e adaptativas. No entanto, o elemento humano permanece fundamental. A interação sinérgica entre a IA e os profissionais de cibersegurança é o que realmente fortalece as defesas contra as ameaças cibernéticas. Profissionais resilientes, adaptáveis e colaborativos são indispensáveis no enfrentamento dos desafios de segurança cibernética de hoje e do futuro.
Portanto, dos três pilares da segurança da informação que conhecemos sendo, “Pessoas, Processos e Tecnologia”, o primeiro pilar será insubstituível.

O artigo "We Shape AI, AI Shapes Us: 2023 IT Symposium/Xpo Keynote Insights" publicado em 16 de outubro de 2023 pelo Gartner Inc., analisa a transformação do relacionamento entre humanos e máquinas devido à inteligência artificial (IA). Os principais achados destacam o papel crucial do CIO em definir a ambição de IA da organização e garantir segurança, dados e princípios prontos para IA. É enfatizado que as decisões tecnológicas, especialmente em IA, têm implicações éticas, sociais e financeiras.
Para isso, recomenda-se que os CIOs e CISOs guiem suas equipes executivas definindo a ambição de IA da organização, explorando oportunidades e riscos em quatro áreas (back office, front office, novos produtos e serviços, novas capacidades essenciais) e facilitando a adoção segura e rápida de IA gerativa nos próximos 12 meses. Destaca-se que até 2025, IA gerativa será parceira de trabalho em 90% das empresas globalmente e, até 2030, 80% dos humanos interagirão diariamente com robôs inteligentes.
O artigo sugere também que os CIOs devam definir a ambição de IA de suas organizações, diferenciando entre IA cotidiana, focada na produtividade, e IA transformadora, focada na criatividade. A IA cotidiana busca aumentar a eficiência nas operações internas e externas, enquanto a IA transformadora pode remodelar modelos de negócios e indústrias.

Ressalto que as organizações necessitam inicialmente, traçar as estratégias de negócios com IA, cruzar com o gerenciamento dos riscos, definir os rumos da IA em sua empresa, e assim, abordar os aspectos éticos e de segurança garantindo que os dados sejam precisos, não tendenciosos, seguros e bem governados.

Em relação ao Pilar Humano na Cibersegurança, é importante mencionar que embora a IA possa identificar e até mitigar ameaças, a tomada de decisões críticas, especialmente em situações complexas e ambíguas, ainda depende do discernimento humano. A experiência e a intuição dos profissionais de cibersegurança são fundamentais para interpretar os dados fornecidos pela IA.
Os profissionais de cibersegurança entendem o panorama regulatório e as implicações éticas, a cultura de suas organizações, orientando a implementação de soluções de IA de forma responsável e em conformidade com normas como GDPR e LGPD.
Podemos destacar três habilidades do perfil de um profissional de segurança cibernética na Era da IA: 

•  Adaptabilidade e Aprendizado Contínuo;
•  Pensamento Analítico e Resolução de Problemas;
•  Habilidades Interpessoais e de Colaboração.

Para esse profissional, a fluência em IA e suas aplicações em segurança cibernética será um diferencial competitivo, exigindo uma combinação de habilidades técnicas e estratégicas.
Para os altos executivos, a liderança em cibersegurança com IA implica em um entendimento profundo de como a tecnologia pode ser alinhada aos objetivos de negócios e à proteção de ativos digitais. Eles devem ser capazes de conduzir suas organizações através da complexidade do cenário de segurança cibernética, equilibrando inovação tecnológica com governança de dados e conformidade regulatória. A habilidade de antecipar tendências e integrar soluções de IA de forma ética e responsável será fundamental.

No Brasil, com seu mercado tecnológico em expansão e um panorama regulatório em constante evolução, a liderança em cibersegurança requer uma visão holística. A colaboração entre o setor público e privado, a educação contínua e a promoção de uma cultura de segurança são chaves para fortalecer as defesas nacionais contra ameaças cibernéticas.
Profissionais resilientes, adaptáveis e colaborativos são indispensáveis no enfrentamento dos desafios de segurança cibernética de hoje e do futuro.

 

Elisa Ghiraldini.

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