
Linguagem inclusiva na área de Tecnologia
Por Thais Mello*
Em busca de uma sociedade mais igualitária, as empresas, políticos e membros da sociedade civil, têm criado movimentos para exclusão de utilização de falas e termos preconceituosos, principalmente racistas.
Atualmente as empresas que defendem a diversidade étnico-racial se destacam e ganham um grande diferencial competitivo. Esse engajamento de diferentes culturas, crenças e etnias contribui para que os times sejam mais criativos e tenham mais eficiência e eficácia nos processos. Nesse cenário, são criados ambientes diversos onde as pessoas aprendem a ser mais flexíveis, compreensíveis e desenvolvam maior empatia, resultando em evoluções pessoais, coletivas e de produção.
Muitas empresas de tecnologia como por exemplo a Microsoft, Linkedin, Apple, Linux, Twitter, excluíram termos considerados racistas em serviços e produtos.
Podemos observar a utilização de termos como “blacklist” e “whitelist”, onde “blacklist” faz referência a algo negativo, indesejável, classificados como remetentes ruins enquanto que “whitelist” transpassa segurança, idoneidade e remetentes confiáveis.
Por que em sua maioria a utilização do Black está associado a algo ruim, enquanto que White a confiável?
Na área de Segurança da Informação, Marketing Digital e SEO, algumas pessoas ainda utilizam Black Hat ou White Hat. Black Hat está associado a um “vilão”, um hacker infrator sem ética, que burla os mecanismos de busca do Google para algo malicioso. Já o White Hat cumpre e respeita todas as normas estabelecidas pela web.
Todos podemos contribuir para que esses termos sejam substituídos por algo menos ofensivo: BlackList por Lista Bloqueada, Denylist ou Blocklist. Whitelist por Lista Permitida, Allowlist ou Passlist.
Os termos Master (Mestre) e Slaves (escravos) também começam a ser substituídos na maioria das empresas que hoje buscam conscientização e uma linguagem inclusiva. Exemplos de subtituição para essas palavras são: Primário/Secundário (Primary/Secondary), Hospedeiro e Cliente (host/client) ou ainda Leader e Follower (líder e seguidor).
Todos nós podemos fazer parte dessas mudanças. Eu, como Analista de Sistema de Gestão de Segurança da Informação e Privacidade tenho contribuído para essa transformação. Na AuditSafe não utilizamos mais esses termos.
Estamos sempre em busca de constante aprendizado que ganha em velocidade e amplitude quando cresce o número de analistas. Nossa missão como empresa é agregar valor aos nossos clientes e colaboradores em todos os aspectos. Nossos valores são: Sustentabilidade, exclusividade, valorização das pessoas e humildade.
Contribua você também com sua empresa e sociedade!
(*) Thais Mello é Analista do Sistema de Gestão de Segurança da Informação e Privacidade de Dados da AuditSafe.